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Amor & Emoção x Razão


terça-feira, 10 de junho de 2008

Ouvir o Coração...


Ouvir o que o nosso coração nos diz é muito complicado! Sendo a sede das emoções fica difícil distinguir se estamos ouvindo a mensagem dele ou se estamos ouvindo o nosso desejo.
Fazer essa distinção é muito difícil porque o nosso desejo parte do nosso corpo e o coração faz parte do nosso corpo.
Ouvimos dizer "ouça o que o seu coração lhe diz" quando temos uma decisão difícil de tomar, mas como conseguimos realmente saber se a mensagem que estamos "ouvindo" partiu do coração e não do nosso desejo? por exemplo se estamos a espera do contacto de uma pessoa, que não chegou, vamos dormir e ouvimos a "mensagem": "levanta e vai ligar porque a pessoa vai entrar em contacto" essa mensagem veio do conhecimento do coração ou partiu do nosso desejo de encontrar a pessoa?
Como então é possível "ouvir" o que o coração tem para nos dizer, se o nosso querer ou nosso desejo constantemente está influenciando nesse ouvir?
Talvez a "fórmula" seja "O.S.A.E." ("ouvir" com atenção, silenciar a nossa razão e pensamento, agir de acordo com o que "ouvir" e por fim esquecer), esta "fórmula" é um dos muitos" ensinamentos do mar" (sempre que se está sozinho diante do mar conseguimos "ouvi-lo" (não apenas som das ondas que rebentam na areia) estabelecemos uma comunicação que vai direta ao coração e daí "ouvimos " a "mensagem" que ele nos envia.
Se ficarmos tentando achar uma lógica ou ficarmos "fazendo um filme" dos acontecimentos, imaginado as cenas do nosso agir no futuro, isso já passa a ser o nosso desejo ou o nosso querer "agindo" ao invés de ser o nosso coração "falando", porém às vezes temos que ir confirmar ou conferir "a mensagem" porque muitas vezes pode ser o nosso querer ou os nossos" diabinhos interiores" (sim porque não existe um ser humano 100% bom ou 100% mau, temos dentro de nós em equilíbrio "anjinhos" os "guardiãs do espírito" e "diabinhos/anjinhos rebeldes", estes estão sempre a espreita, esperando um cochilo daqueles para fazer as suas diabruras e destilar algum "veneno" no nosso coração ou espírito).
A distinção entre o som do coração e o som do desejo é muito difícil, mas não é impossível, porém requer atenção, concentração, sem a idealização de "cenas do filme" a executar, requer que tenhamos a mente aberta, livre de pensamentos negativos, repetitivos, requer ainda que derrubemos todas as pedras do muro que construímos dentro de nós que nos impedem de chegarmos a nós mesmos (essas pedras representam as frustrações, os medos, a insegurança, decepções, mágoas, revoltas, complexos, ódios, cobranças, as máscaras que criamos e todas as energias negativas que vamos acumulando durante a nossa existência), só então, é que conseguiremos "ouvir" o que o nosso coração tem para nos dizer.

2 comentários:

Pedro disse...

Olá Céu!

Concordo consigo quanto à dificuldade de se discernir a voz que nós tentamos “ouvir”.
Se é a voz do desejo que, camuflada pela ansiedade de bem-estar e satisfação, facilmente nos conquista, permitindo, como consequência, uma solução aceitável, fácil, apetecível (talvez caprichosa em prol da nossa personalidade).
Se é a voz do coração, penso que é uma voz que não se ouve tão alta como a do desejo, visto que a voz do coração é uma voz mais reservada, alicerçada sobre os nossos princípios morais em que cada um nós (indivíduos) foi instruído de educação e disciplina em sociedade (portanto, com um carácter adulto). Além disso, a voz do coração serve-se (penso eu) de uma outra mais valia que é a natureza existencial da personalidade de uma criança onde se assume a vertente genuína de uma criança que oferece um sorriso ao mundo, sem esperar que o mundo lhe sorria também! A voz do coração, é uma voz adulta,e com o coração e alma de uma criança. É uma espécie de engrenagem/ balancé psicológica (o termo «psicológica», assumo que não é o mais adequado, pois trata-se de um índice de racionalidade, contudo, penso que se permite de aceitável interpretação no contexto) que faz reger a nossa “balança interior” discernindo os “pratos” do bem e do mal. É um sorriso plácido que aconselha a nossa conduta diária.

Beijinhos!

Pedro

Céu disse...

Obrigada Pedro pelo seu comentário. Achei a sua perspectiva interessante ao corelacionar a voz do coração´"é adulta com voz e alma de criança"
Parabéns!