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Amor & Emoção x Razão


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Esquecimento ... um mecanismo psicológico de defesa

O ser humano possui mecanismos de defesa para poder superar situações de angústia, estes, são :
Ações subconscientes ou inconscientes que são ativadas quando algum tipo de manifestação é tido como ameaça para o ego. São utilizados como fuga da realidade quando o indivíduo está frente a angústias.(http://www.brasilescola.com/psicologia/mecanismos-defesa.htm)
Os mecanismos de defesa podem ser considerados as ações que têm por finalidade, reduzir qualquer manifestação que possa colocar em perigo a integridade do indivíduo, ou seja, o Ego procura se proteger de situações ameaçadoras.http://www.tiosam.net/enciclopedia/index.asp?q=Mecanismos_de_defesa
Os mecanismos de defesa bem estudados são: Sublimação; Repressão; Racionalização; Projeção; Deslocamento; Identificação; Regressão; Isolamento; Formação Reativa; Substituição; Fantasia; Compensação; Expiação;Negação;Introjeção.http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/mecanismosdedefesa.html

O esquecimento, ou melhor o não lembrar de determinados fatos ou situações, também pode ser um mecanismo de defesa, em especial quando a vida ou a morte, nos afasta do nosso ente querido... primeiramente sofremos com a ausência, depois com a saudade e quando esta se torna sufocante e angustiante, para nossa perplexidade, deixamos de lembrar das cenas que envolviam esse ente querido, passamos a viver como se ele não tivesse se afastado ou então como se não fizesse parte da nossa vida e sim parte de um sonho ou de uma fantasia, de um mundo paralelo, acabamos por nos deixar envolver pela nossa realidade, porque independente da nossa vontade ou do nosso querer, a vida continua e segue o seu rumo.

Essa cisão da realidade em duas não é permanente, pelo contrário é muito inconstante, faz com que haja uma flutuação no sentir, ora estamos em equilíbrio, sufocamos a angústia, ora desmoronamos, sufocados pela angústia que ressurge na crista da onda de uma lembrança, como um castelo de cartas que recebe uma lufada de vento.
É curioso, intrigante e desconcertante, quando no meio do lufa-lufa do dia-a-dia, por segundos paramos e pensamos que estivemos vivendo, como se não tivéssemos sofrido a dor da separação, da perda, da saudade, da culpa, que eventualmente carregamos, que pensamos existir e, às vezes, não passa de uma deturpação da nossa própria mente. Nesse momento nos sentimos culpados como se nos tivéssemos tornado insensíveis a ponto de excluir da nossa mente as lembranças do ente querido que se foi, como se o nosso sentimento por ele tenha deixado de existir ou pior acabamos por achar que para agir assim é porque nunca tenha existido, originando uma nova sensação angustiante, porém a nossa mente vem em nosso auxílio, desviando o nosso pensamento focando a nossa atenção em algo diferente, cortando a nossa percepção dessa situação e aí nos envolvemos novamente na nossa realidade e tudo parece voltar ao normal, ao equilíbrio.
Outro acontecimento, embora não haja estudos a comprovar, que possa ser um mecanismo de defesa lançado pelo organismo é a perda da consciência após uma situação traumatizante e até o estado de coma em determinadas situações, neste caso é como se o organismo fizesse uma "retirada estratégica" ganhando tempo para lançar mão das vias alternativas e dos "sobressalentes" para se recompor e poder combater o trauma ou agressão a que foi submetido.
Contudo, quando falham os mecanismo de defesa ou de estabilização, quer por ausência ou por exagero dos mesmos, a angústia pode acabar por se transformar em neurose ou noutro distúrbio mental.

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