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Amor & Emoção x Razão


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Imaginação...poder de concretizar o abstrato!

O ser humano, ser racional que é, necessita de lidar com imagens concretas, quando não as há, cria de acordo com o poder da sua imaginação de concretizar aquilo que é abstrato. A propósito disso, por vezes, quando se é mais jovem tenta-se retratar Deus, nesse campo várias imagens surgiram no banco da memória:
*Para os cenários dos dias => Um pintor sentado com uma tela em branco a frente, uma aquarela de cores numa mão e um pincel na outra, com o olhar no horizonte, que em cada dia pinta um cenário diferente para cada parte do planeta e automaticamente o dia se transforma conforme a tela vai sendo preenchida: Dias ensolarados, radiantes com céu azul, dias de Verão; Noutros dias nebulosos com chuvas ou com flocos de neve caindo, deixando um manto branco se sobre as árvores e os tetos das casas, dias de Inverno; Ora com jardins floridos, pássaros a cantar e borboletas flutuando sobre as flores, dias de Primavera; Ora com folhas caindo e formando um tapete amarelo acastanhado no chão a volta das árvores, dias de Outono.

*Para os dramas e as tramas dos relacionamentos humanos => um escritor, um romancista ou um dramaturgo, sentado a frente de uma mesa no seu local de trabalho com uma caneta de Pena numa das mãos, sobre a mesa um papel do tipo pergaminho e um tinteiro de tinta permanente, escrevendo um romance ou uma peça de teatro, com o título “Livro da Vida… destino traçado”, onde cria os personagens desde o seu nascimento, passando pelo seu desenvolvimento sua interação com outros personagens (família, amigos, amores) e com o meio (trabalho, lazer, hobbies, natureza) até a sua morte.
*Para a ciência => um cientista, com uma bata branca num laboratório com um microscópio a frente uma lâmina de vidro na mão e uma ansa na outra de onde recolhe material de uma placa de Petri, onde previamente “semeou” uma cultura de microrganismos e os coloca na lâmina para levar ao microscópio e observar seu desenvolvimento, de posse dos resultados, “sussurra” no ouvido do cientista, que está desenvolvendo o trabalho nesse campo, quais os passos a seguir para descobrir esse novo microrganismo, o que causa e o que os meios de combatê-los. Em outra parte do laboratório com tubo de ensaio na mão e noutra uma pipeta, sugando reagente para por no tubo de ensaio e levar no espectrofotômetro para classificar a reação química ocorrida e depois “sussurrar” no ouvido de um químico que esteja empenhado nessa descoberta, quais os resultados obtidos para poder fabricar um medicamento, um antídoto, uma vacina, um alimento, uma tinta, um comético, um desinfectante, etc…Para as máquinas, os prédios, os carros => Um engenheiro com o capacete na cabeça com um projeto, previamente elaborado no computador, nas mãos indo para um determinado local para verificação na prática dos cálculos efetuados para depois “sussurrar” ao ouvido de um engenheiro as fórmulas e os cálculos para cada prédio, ou máquina ou carro que irá projetar para ser construído ou fabricado.
E assim sucessivamente com todas as profissões, desde o profissional não diferenciado até ao técnico bem diferenciado. Como se tivesse vários estúdios onde pudesse criar os diferentes projectos, uma réplica de todos os cenários e campos profissionais.
Além da imagem de um homem vestido com uma túnica branca com fios dourados solta, larga, sem mostrar contornos de um corpo como se este fosse uma nuvem, com cabelo e barba branca longos, face rosada e serena, olhos cintilantes, observando tudo e todos através de vários monitores e écrans digitais, sintonizados em cada ponto do Universo, intervindo de acordo com a necessidade, criando e recriando os planos, porém sem interferir com o livre arbítrio do Homem.

2 comentários:

Pedro disse...

Olá Céu!

Abordagem interessante do tema «Imaginação» versus abstracto. Há medida que fui lendo o artigo, ocorreu-me um exemplo diferente de dar corpo, forma, e vida ao abstracto. Refiro-me à leitura de um livro. Ou seja, quem tem hábitos de leitura, creio que à medida que vai se envolvendo na narrativa, acaba por, de certa forma, envolver-se na história como uma entidade alheia à mesma, assumindo-se como mero(a) observador(a). Neste sentido, a imaginação é uma influência de sensações imaginadas e importadas da leitura. Sensações essas que podem, ao mesmo tempo, estar sentadas no «banco da memória» (aproveito estes parêntesis para apreciar esta sua expressão que usou e que eu adorei; das pessoas que eu conheço, só mesmo a Céu para utilizar esta expressão que me agradou bastante), e que com o exercício da leitura, são solicitadas, automaticamente, para prestar (ou emprestar) texturas à imaginação. Ou seja, o que eu quero dizer é que, quando um “x” número de indivíduos usam a imaginação para recriar um cenário mental acerca de uma mesma narrativa ou história num mesmo livro, podem tecer/ elaborar para cada um (enquanto leitores) diferentes cenários imagináveis da realidade narrada na mesma leitura.
Quanto a esse Homem, Personagem vestido com uma túnica (não mostrando os contornos do corpo), caracterizado por expressões faciais serenas e rosadas, cumpliciadas de cabelos e barba longas, brancas,a que a Céu, se refer talvez seja a representação de uma entidade ancestral de “gnosis”, também conhecido como Deus. Talvez seja Ele que esboce os “destinos” nas “imaginárias” linhas das constelações e estrelas como “planos e projectos” possíveis a serem editados/impressos na palmas das mãos de todos os “n” indivíduos humanos e não humanos físicos neste mundo, nesta vida.

Beijinhos.

Pedro

Céu disse...

Obrigada Pedro por seu comentários!
Seu acréscimo em relação à leitura de um livro, , não só corrobora com o que foi dito como dá um novo sentido.
Obrigada por apreciar algumas expressões que vão surgindo ao longo da narrativa e que não há a percepção de que sejam incomum ou fora do usual. Gostei da sua expressão "...nas “imaginárias” linhas das constelações e estrelas ..."
Um abraço