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Amor & Emoção x Razão


sábado, 28 de agosto de 2010

Doença de Alzheimer...declínio cerebral!

Toda a doença acarreta sofimento e dor em maior ou menor grau. As doenças do sistema nervoso central (neurológicas ou psiquiátricas) são terríveis! porque aniquilam o ser humano, em muitos casos origina perda de identidade e da dignidade.
A doença de Alzheimer é uma dessas doenças terríveis e muito temidas quando se pensa no envelhecimento, pois sendo uma doença do cérebro, onde há morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro, progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes, que tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.

Perguntas que surgem de imediato:
1-Qual é a causa da doença de Alzheimer?=>indeterminada, apesar dos cientistas postularem ser genética

2-Como se faz o diagnóstico?=>Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necrópsia. É um diagnóstico de exclusão de outras causas de demência
3-Quais são os sintomas da doença de Alzheimer?
Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho.
À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.
4- Qual é o tratamento adequado? =>A doença de Alzheimer não tem cura e, no seu tratamento, há que atender a duas variáveis:Ao tratamento dos aspectos comportamentais; Ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Há medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é mais eficaz na fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito temporário. Por enquanto, não há ainda medicação que impeça a doença de continuar a progredir.


A APFADA (Associação Portuguesa dos Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer) elaborou uma lista de dez sinais de alerta ou sintomas comuns da doença.

1. Perda de memória
É normal esquecer ocasionalmente reuniões, nomes de colegas de trabalho, números de telefone de amigos, e lembrar-se deles mais tarde.
Uma pessoa com a doença de Alzheimer esquece-se das coisas com mais frequência, mas não se lembra delas mais tarde, em especial dos acontecimentos mais recentes.
2. Dificuldade em executar as tarefas domésticas
As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno e só se lembram de as servir no final da refeição.
O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição ou esquecer-se de que já comeu.
3. Problemas de linguagem
Toda a gente tem, por vezes, dificuldade em encontrar a palavra certa.
Porém, um doente de Alzheimer pode esquecer mesmo as palavras mais simples ou substituí-las por palavras desajustadas, tornando as suas frases de difícil compreensão.
4. Perda da noção do tempo e desorientação
É normal perdermos – por um breve instante – a noção do dia da semana ou esquecermos o sítio para onde vamos.
Porém, uma pessoa com a doença de Alzheimer pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.
5. Discernimento fraco ou diminuído
As pessoas podem por vezes não ir logo ao médico quando têm uma infecção, embora acabem por procurar cuidados médicos.
Um doente de Alzheimer poderá não reconhecer uma infecção como algo problemático e não ir mesmo ao médico ou, então, vestir-se inadequadamente, usando roupa quente num dia de Verão.
6. Problemas relacionados com o pensamento abstracto
Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos.
Mas, alguém com a doença de Alzheimer pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário.
7. Trocar o lugar das coisas
Qualquer pessoa pode não arrumar correctamente a carteira ou as chaves.
Um doente de Alzheimer pode pôr as coisas num lugar desajustado: um ferro de engomar no frigorífico ou um relógio de pulso no açucareiro.
8. Alterações de humor ou comportamento
Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando.
Alguém com a doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto.
9. Alterações na personalidade
A personalidade das pessoas pode variar um pouco com a idade.
Porém, um doente com Alzheimer pode mudar totalmente, tornando-se extremamente confuso, desconfiado ou calado. As alterações podem incluir também apatia, medo ou um comportamento inadequado.
10. Perda de iniciativa
É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as actividades profissionais do dia-a-dia ou as obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa.
Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo e necessitar de estímulos e incitamento paraparticipar.

www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+degenerativas/dezsinaisdealertadadoencadealzheimer.htm


No Brasil o dia 21/9 é o dia nacional do doente com Alzheimer .

Na pesquisa realizada encontrei um site excelente: http://www.alzheimermed.com.br/m3.asp?cod_pagina=1044 e este texto comovente, que transcrevo, para que todos possamos refletir:


Junto com meu testamento, no qual lego a meus filhos e amigos a minha vontade de viver e meu amor a Deus e a toda a criação, faço um pedido: se, por ventura, no meu cérebro a senilidade penetrar sorrateiramente, a demência se infiltrar inesperadamente e o esquecimento, a falta de lucidez e a confusão se intalarem, por favor, lembrem-se que:
. eventualmente, ainda tenho uma vaga idéia de minha identidade;

. gosto de ser chamada pelo meu nome, aquele que meus pais me deram;

. posso ainda saber onde estou e com quem estou;. posso estar gostando ou não de onde estou e com quem estou;

. faço ainda questão de usar aquele tipo de sapato que toda a minha vida usei;

. gosto ainda de usar a roupa ao estilo que sempre preferi;

. a roupa dos outros colocada em mim me entristece;. a falta de atenção em me ajudar na higiene pessoal me traz ansiedade;

. a comida de um estilo que não conheço não me apetece;

. as fraldas que vez em quando me incomodam e me deixam envergonhada;

. gostaria, às vezes, de caminhar para espairecer e ver a natureza;

. receber uma palavrinha me faz lembrar que sou gente;

. receber visitas me diz que ainda pertence;

. receber um abraço e um beijo me diz que alguém ainda tem afeto por mim;

. a falta de sono não é proposital, nem intencional;

. a falta de interesse está além do meu controle;

. minha falta de jeito é inexplicável para mim mesma;

. o esquecimento me deixa traumatizada;

. tenho dores que às vezes não posso contar;

. nem sempre o que me fazem fazer é o que eu gostaria de estar fazendo;

. meu olhar vago não reflete o que sinto;

. e se não dou um abraço é porque os meus braços não me obedecem mais;

. se não dou um beijo é porque meus lábios não sabem mais o que fazer;

. se não te digo que valorizo sua dedicação e seu amor é porque a ponte se partiu e perdi o caminho que me levaria a compartilhar meus sentimentos com você.
Ass.: Um ser humano que envelhece
Extraído do livro: “Doença de Alzheimer – Vivências e Cuidados” – Lílian Alicke – gerontóloga e ex-presidente da Associação Brasileira de Alzheimer-



Este texto retrata uma realidade chocante tanto para o doente que muitas vezes não recebe o tratamento adequado, porque falta a paciência, a tolerância, a compreensão, o carinho por parte dos familiares e/ou dos cuidadores, quanto para os familiares que vê seu ente querido aniquilado gradativamente sem poder fazer nada para impedir que isso aconteça: o ser brilhante, ativo, inteligente, batalhador, belo, falador, autônomo e independente que fora outrora, transforma-se num ser que é uma espécie de robot guiado, sem autonomia, totalmente dependente, chegando mesmo a ficar estático por períodos, desprovido de qualquer orientação psíquica, temporal ou espacial.

Que Deus permita que seja descoberto rapidamente o tratamento ou uma forma de impedir a evolução dessa terrível doença e de todas as doenças, principalmente das mais terríveis ou que causem grandes sofrimentos e dores insuportáveis!

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