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Amor & Emoção x Razão


sábado, 29 de outubro de 2011

Rezar em situação de perigo é um ato de Fé ou de desespero?

As fortes chuvas que provocam enchentes, deixam ruas alagadas autênticos rios. Esta imagem nos impressiona, embora causem uma certa angústia, principalmente quando imaginamos se fosse connosco. Mas quando somos os protagonistas, sentimos uma crise de profunda ansiedade, de pânico, até terror, como aconteceu no dia 26/10/2011, 2 horas sob chuvas torrenciais, visibilidade zero, velocidade 10 km/h, um elevado nível de Stress e tensão, umas não sei quantas Ave-Marias e Pai-Nosso foram rezados nesse trajeto do trabalho para casa, num carro velhinho (que todos dizem que já devia estar aposentado) ao chegar a uma distância de 3 km de casa a larga avenida transformada em lago, a água chegava na metade da porta, quando os carros passavam corriam ondas e ainda por cima um estúpido de um motorista bate na traseira do carro, passa pela direita e insulta dizendo que fora ao contrário que o carro é que bateu no dele, como isso seria possível se estava com o pé no freio, o freio de mão puxado, ele estava no final de uma descida (se não havia o lago que estava, o embate provocado suscitou o efeito "chicote" típico das batidas sofridas por trás quando estamos parados, onde a cabeça vai para frente e volta para trás bruscamente) por fim ainda diz "não sabe conduzir fica em casa" e depois passa a frente numa atitude provocadora, não faltava mais nada, momentaneamente fica-se paralisado, já estávamos aterrorizados pelo pânico de poder sofrer acidente, ou do carro ficar avariado no meio de tanta água, ainda chega alguém culpado que atira as suas culpas para nós. Mas foi melhor assim, não ter reação, porque mesmo que estivesse com a razão (e estava) de que serviria discutir e até quem sabe o outro puxar de uma arma e nos acertar. O desespero era tanto que quando passava sob um viaduto que por frações de segundos não via a água era uma sensação de alívio, este último incidente foi a "gota d'água" só pensava em parar o carro e ficar abrigada da chuva, desviei o caminho para ir para um shopping esperar passar a chuva e as ruas desafogarem, entretanto surge uma rua a meio do caminho (que também conduziria à casa) que estava sem acumulo de água e a visibilidade tornara-se melhor, uma "luz no fundo do túnel", entretanto tornou-se mais um dado para aumentar o nível ainda mais de tensão, engarrafamento, com o agravante que os ônibus todos estavam vindo por ela, rua estreita de duplo sentido, com carros estacionados de um lado estreitando-a ainda mais, 1 hora para chegar desde essa rua até em casa, que normalmente se faria em menos de 5 minutos, mas serviu de conforto porque o pensamento "se o carro parar ou qualquer coisa deixo o carro e vou a pé", felizmente não foi necessário 3 três horas depois de sair do trabalho conseguia chegar á casa (o que normalmente levaria 30 minutos), o "velhinho" portara-se muito bem, ao contrário de muitos carros novos que foram vistos ao longo do trajeto parados, avariados no meio da água.


Disso tudo houve a constatação de que as orações que foram realizadas ao longo do trajeto foram apenas uma tentativa de aliviar a pressão, foram rezadas com desespero, mas sem fé, porque caso contrário, provocaria uma sensação de alívio, confiança, serenidade, sem insistência o que não ocorreu, muito pelo contrário era uma oração repetida desesperadamente autômata.


Se rezamos insistentemente, incessantemente, é porque não confiamos e não acreditamos por isso não esperamos o resultado ou estamos tentando "forçar a barra" como se déssemos uma ordem a Deus e como não víamos o resultado, voltamos a insistir várias vezes, até que seja cumprida.


A partir disso revi a forma de rezar ou orar em situação de elevada tensão, terror ou até mesmo em pânico, se rezar não provocar uma sensação de paz e serenidade, significa que não estou rezando com fé e não estou me entregando nas mãos de Deus, porque tudo acontece se tiver que acontecer, não aceitar isso é querer mandar em Deus. Orar ou rezar não é fazer com que Deus faça aquilo que queremos e sim que nos ensine, nos ampare e dê forças para suportarmos o que não conseguimos evitar de acontecer.Porque está dentro de um plano superior, que transcende o nosso querer ou vontade.

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