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Amor & Emoção x Razão


domingo, 18 de novembro de 2018

Crise da Meia-Idade...Um Balanço da Existência


(Escrito em Agôsto de 2018, Imagem criada dia 18/11/2018)
Crise da meia-idade, será que existe! Será que existe crise da adolescência? Há alguns anos atrás comentavam sobre essas duas crises: “Quem não tem crise na adolescência terá a crise da meia-idade de forma intensa” será uma afirmação verdadeira? É possível, já que ao longo da infância o ser humano atravessa várias crises, umas relativas ao salto do desenvolvimento. A crise da adolescência, se existiu passou ao lado, a crise da meia-idade virá e como será:
*Tomada de consciência da finitude da vida?
* Revisão dos valores que nortearam a vida até então? 
*Perceber que nada faz sentido na vida?
*Queda do “véu da ilusão” que impediram de ver a realidade os anos em que antecederam ao momento? 
* Momento em que a pessoa faz uma pausa para fazer um balanço da sua existência do que fez e do que ainda falta fazer para reprogramar a sua vida? Supostamente nessa altura a pessoa já terá atingido um patamar de estabilidade: familiar-constituiu família, os filhos já constituíram família, os netos surgem; financeiro/económico-social o topo de uma carreira profissional, mas e se não corresponder.
* Não alcançar do platô de estabilidade. 
*Tomar consciência de que o inevitável se aproxima: partida das suas Estrelas-Guias e da sua própria partida pela chegada do Crepúsculo da Vida? 
*Tomada de consciência de ter vivido os anos como se estivesse dormindo e só agora despertasse desse sono, estranhando a realidade encontrada, totalmente diferente do sono em que vivera até então, como se hibernasse estagnada, enquanto o mundo a sua volta evoluía e ao despertar, tomasse consciência dessa sua estagnação? 
*Tomada de consciência de que passou o tempo tentando alcançar uma meta sem pensar em mais nada apenas de superar, contornar, retirar, vencer os obstáculos que impediam o atingimento da meta, mas ao atingir a meta surge um vazio existencial?
*Tomada de consciência de ter se afastado de si mesmo ao longo da vida e não saber mais quem é, não se reconhecer, físico-intelectual e profissionalmente, na pessoa que se transformou?
Segundo as "gotas" encontrada no “Mar Internet”:Todo mundo pelo menos uma vez na vida irá passar por um momento confuso, mais conhecido como crise existencial. Particularmente considero este, dentre os fatores mais complicados e que mais contribuem para a piora de pessoas que sofrem de Depressão, Transtorno de Personalidade Boderline (TPB) e outros transtornos mentais. Simplesmente porque entramos em conflito com a nossa própria existência. Não há momento pior do que aquele em que passamos a questionar tudo à nossa volta, sem ao menos ter uma resposta sequer: Por que nasci? Por que sofro tanto? Por que não sou como os outros? Por que tenho essa doença? Onde foi que eu errei para merecer isso? Qual o sentido da vida? Qual o meu propósito aqui na terra? Será que eu faço diferença na vida das pessoas? Será que sentiriam falta de mim se eu morresse? Eu não sei viver, para que estou aqui? A vida é muito difícil, para que sofrer se podemos escolher fugir de tudo isso? Simplesmente é quase impossível encontrar algo em que realmente se encaixe nessa fase. Ficar se questionando, se cobrando demais, se comparando, pode afetar negativamente a autoestima, a forma de agir com os outros, a maneira de levar a vida e muitos outros fatores. “Tudo em excesso faz mal”, e realmente faz. Ficar sentado se questionando e pensando sem parar acaba gerando uma pressão sobre a nossa própria consciência. Os pensamentos se acumulam e uma hora explodem dentro da cabeça. No caso dos indivíduos com Depressão, o pensamento é o fator chave que pode ou não levar ao suicídio. Eles pensam tanto sobre a vida, que uma hora ficam saturados e decidem que não vale a pena. Está aí a importância de evitar manter-se isolado (para não pensar), de desabafar (para não sobrecarregar a mente com emoções negativas) e assim por diante.

Administração da crise existencial, na adolescência, mas também nas outras crises:

Necessidade de diálogo. O isolamento é prejudicial para qualquer pessoa em qualquer fase da vida. Em Provérbios 18.1 está escrito que “quem não gosta de estar na companhia dos outros só está interessado em si mesmo e rejeita todos os bons conselhos”. Isolar-se dos demais é reprimir as emoções numa tentativa fútil de se esconder da realidade sem ter para onde ir. Portanto, se abrir e conversar com alguém de confiança é sempre o melhor caminho.

Foco na solução, e não no problema. É comum as pessoas procurarem sempre achar um culpado para os seus problemas. Identificar o problema a fim de encontrar as possíveis causas é só o começo para chegar-se a resolução. É preciso ter foco na solução! Traçar um plano e verificar o que pode ser feito para resolver a situação é uma iniciativa otimista.
Confiança em Deus. Buscar encontrar no Senhor o apoio espiritual e, porque não dizer, emocional nestes momentos é fundamental. Basta olhar para a vida do rei Davi que em muitos dos salmos que escreveu, expressou com tristeza tudo o que se passava em seu coração e o Senhor lhe respondia (cf. Sl 13; 39).
A constância. E, por fim, a constância é fundamental em qualquer aspecto da vida. Não é difícil encontrar pessoas talentosas que deixam os olhos de qualquer um maravilhado pela forma como se destaca. Todavia, a inconstância faz com que todo esse potencial seja desperdiçado. Tiago afirma que aquele que duvida é como as ondas do mar que o vento leva de um lado para o outro (Tg 1.6-8).
Aprender a lidar com as crises existenciais a partir da compreensão das possíveis causas que levam adolescentes a assumir comportamentos reprováveis é um importante passo a caminho da recuperação. Deus, em seu eterno amor e sabedoria, disponibiliza mecanismos que podem auxiliar o adolescente a enfrentar qualquer crise, seja ela qual for a sua origem ou proporção. Dentre eles está a comunicação, uma ferramenta poderosa que ao ser direcionada a Deus se faz em “oração”. E aos que têm um coração quebrantado a promessa dá certeza: “Um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (cf. Sl 51.17). Administrar a crise pode parecer difícil para aqueles que não estão acostumados a navegar em águas rumorosas, mas adotando as medidas adequadas e confiante no cuidado de Deus é possível obter a direção correta para chegar ao porto seguro.

Na busca das respostas surge a Antroposofia que compreende que o ser humano tem que conhecer a si para também conhecer o Universo, pois somos todos parte e participantes desse mundo. Conforme Steiner a Antroposofia é “um caminho de conhecimento que deseja levar o espiritual da entidade humana para o espiritual do universo”. Dentro desse pensamento filosófico encontra-se uma forma cíclica de ver a vida chamada “teoria dos setênios”. Tal teoria foi elaborada a partir da observação dos ritmos da natureza, da natureza no sentido da vida, na qual todos nós estamos imersos. Ela divide a vida em fases de sete anos, vale lembrar que o número sete é um número místico dotado de muito poder em quase todas as culturas conhecidas (Deus criou o mundo em sete dias. São sete dias na semana, sete planetas relacionados ao homem (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno) e sete metais (ouro, prata, mercúrio, cobre, ferro, estanho e chumbo). Os gregos e a tradicional medicina chinesa observavam e estudavam as alterações espirituais e biológicas no ser humano. A teoria revela as complexidades de cada etapa e como o corpo humano influencia as emoções e atitudes. teoria dos setênios ajuda a compreender a condição cíclica da vida, em que a cada ciclo soma-se os conhecimentos adquiridos no anterior e busca-se um novo desafio. Os setênios não são exatamente sete anos no tempo cronológico, mas a cada ciclo de X anos, de tempos em tempos.

* “Setênios do corpo” - Os três primeiros ciclos compreendem a fase de 0 a 21 anos- É o ciclo do amadurecimento físico, do corpo, e também da formação personalidade.
* “Setênios da alma” Os três ciclos seguintes que vão de 21 a 42 anos. É a fase em que, superadas as experiências básicas da vida, nos inserimos na sociedade fazendo as escolhas como casar ou não, trabalhar em uma área específica, conviver mais ou menos com a família. E, apenas a partir dos 42 anos, vivenciando os últimos setênios, estamos realmente prontos para imergirmos na vida com maturidade, profundidade e espiritualidade.
0 a 7 anos – O ninho. Interação entre o individual (adormecido) e o hereditário
A primeira infância é uma fase de individuação, de construção do nosso corpo, já separado do da nossa mãe, da nossa mente e da nossa personalidade. Nesse ciclo nossos órgãos físicos estão sendo formados para que sejamos indivíduos únicos. O crescimento está ligado à nossa cabeça, ao ponto mais alto, o superior, o pensar.
7 a 14 anos – Sentido de si, autoridade do outro
O segundo setênio promove um profundo despertar do sentimento próprio. A energia que emanava do polo superior, da cabeça, se dilui e se encontra no meio do corpo. Os órgãos desse setênio são o coração e os pulmões, esses se desenvolvem promovendo a interiorização e exteriorização da vivência.
14 a 21 anos – puberdade/adolescência – crise de identidade O que todo adolescente busca? … liberdade!
Eles não querem os pais, irmãos mais velhos nem professores “pegando no pé”. O que rege esse ciclo é o sentido de liberdade. No sentido corporal, as forças que se acumulavam nos órgãos centrais se espalham e chegam aos membros e no sistema metabólico.
A postura ereta é uma diferenciação dessa fase para as outras. O corpo já está formado, já aconteceram as primeiras trocas com a sociedade, o corpo já não precisa de tanto espaço para se locomover, o espaço agora adquire outro sentido, o da possibilidade de “ser”.  O espaço dessa criança é o mundo, já não pode se resumir a família nem a Escola. Ele precisa se reconhecer e ser reconhecido, aceito, achar a “sua turma” para compor um grupo no qual se identifique. A liberdade nesse ciclo atua como a vivência do “bom” no primeiro ciclo e do “belo” no segundo ciclo. Ocorre que a liberdade só se dá num ambiente de tensão entre as possibilidades, impossibilidades e desejos. Essa tensão costuma gerar rompimentos, as vezes esses rompimentos são violentos, mas são necessários e próprios desse ciclo.Essa liberdade também tem um sentido de exposição. Tudo está voltado para o externo, para fora, para o mundo. Há uma dificuldade em ouvir o outro e entender suas posições, tudo deve seguir o seu sentimento de mudança, de julgamento de certo e errado, de bom e ruim. É tanta energia interna para ser extravasada que o sujeito pode perder o controle de si mesmo e precisar de intervenção – salvo se os ciclos anteriores tiverem cumprido bem os seus papéis. As trocas nesse ciclo são importantíssimas. O diálogo, a abertura ao novo, a prática da compreensão, da solidariedade, assim como o seu reconhecimento e o pertencimento. É o momento de questionar a tudo e a todos. O caminho contrário do “habitual” pode ser exclusivamente para reforçar a tensão. As drogas podem estar nesse contexto. É importante que saibamos que é uma fase extremamente difícil, onde o adolescente precisa negar e se opor, para que, a partir da percepção do que não é, encontrar-se a si mesmo.Também é o momento do discernimento, das escolhas profissionais, do vestibular, do primeiro emprego, pois a liberdade também só faz sentido quando percebemos a vida econômica. O dinheiro então pode ganhar um sentido de poder que talvez não seja saudável. É a partir desta idade que começamos a ter um pensamento mais autônomo, ainda que, nesta época, acreditemos estar amadurecidos para efetuar julgamentos.
21 a 28 anos – O “Eu” – a independência e a crise do talento. A partir dos 21 anos nossa individualidade, nosso self, toma uma força considerável na tentativa de estabilização. O “Eu” começa realmente a se mostrar, mesmo ainda estando em formação. No entanto, para que esse “Eu” apareça e se forme, mesmo sendo algo subjetivo e interno, ele depende do mundo exterior, da sociedade. O fim do crescimento corporal instaura o início de um processo de crescimento mental e espiritual, somos então “cidadãos de dois mundos: o celeste e o terrestre”. Geralmente já não moramos mais com a família e já não estamos mais na escola. É o momento da autoeducação, do emprego, do desenvolvimento dos talentos, etc.
28 a 35 anos – fase organizacional e crises existenciais Quem nunca ouviu falar na “crise dos 30”? ela não é um mero mito, ela existe e tem explicação. O 5º setênio começa com essas crises na vida, o abalo da nossa identidade, a cobrança do sucesso que talvez ainda não tenha atingido, a certeza de não podermos tudo, de onde vem a frustração e tristeza. As sensações de angústia e vazio são muito comuns. Em algumas sociedades as pessoas nesse ciclo não encontram um lugar para si e se veem entre a juventude e a velhice ou maturidade. As pessoas passam a não se conhecerem, pois, seus gostos mudam – ou por si mesmos ou pela pressão dos outros. Sentimo-nos impotentes nesta passagem da juventude para a maturidade, de um viver mais impulsivo para um viver mais sério, responsável, voltados para a família e para o trabalho.
Nesse ciclo os sentimentos nos levam também a uma busca espiritual maior, um “caminho da alma”. Estamos suscetíveis ao cosmos, às oscilações e às vezes a harmonia custa a acontecer. Somos cobrados por estrutura, firmeza, estabilidade, uma base, um pilar, que seja material e que também sejam mental e espiritual. A Antroposofia acredita que logo após o 31 ½ ano, que corresponde à metade do 63º. ano de vida, estamos no final das atuações planetárias e zodiacais. Depois dessa idade, ficamos mais livres.
35 a 42 anos – crise de autenticidade. Esse setênio, embora tenha suas peculiaridades, está ainda ligado ao setênio anterior, ruminando os resultados das crises. Reconhecemos também uma espécie de crise nesse setênio, mas uma crise que busca uma autenticidade, gerada pelas reflexões do ciclo anterior. O desafio, então, é encontrar valores espirituais e nos reconhecermos como seres únicos. A pergunta é: como é que encontro o caminho para a essência do mundo e para a minha própria essência? Esse setênio configura a última fase do desenvolvimento da alma propriamente dita, estamos propensos a adentrar mais profundamente no nosso mundo espiritual, na parte mais sensível de nós. Buscamos a essência de tudo, no outro e em nós. Isso passa a acontecer com mais força nesse setênio pois, aqui, já há maturidade e aprendizado suficiente para esse conhecimento.A carreira, a família (ou não) os desejos, tudo já teve seu tempo. Já alcançamos as conquistas que nos eram urgentes. Há um desaceleramento do ritmo do nosso corpo e da nossa mente, o que é algo importante para alcançarmos frequências mais sutis de pensamento, onde estará nosso corpo suprassensível.
42 a 49 anos – altruísmo x querer manter a fase expansivaÉ um ciclo que tem um “ar” de recomeço, de ressurreição, de alívio, até. A crise dos trinta perde a força e parece não ter tido resultados tão graves como se pensava. É, porém, o momento de buscar, desesperadamente, por algo novo, para que a vida adquira sentido. As mudanças nesse setênio são urgentes. Mesmo que nem todos estejam preparados para elas. As questões existenciais retornam com uma certa força, mas agora elas mais dinâmicas e menos melancólicas pois o sujeito já se vê capaz de produzir essas mudanças. O lema é “como está, não da pra ficar”.O medo do envelhecimento surge. As questões internas despertadas pelos ciclos anteriores perdem um pouco de espaço para a estética e a necessidade de se fazer coisas que os jovens fazem. As rugas e a menopausa são os espinhos das mulheres nesse setênio.  A sexualidade retoma uma importância crucial. Contudo, a força que se perde com o declínio da sexualidade pode e deve ser empregada em outros nichos.Esse setênio traz o contraditório: queremos mudanças, estamos em busca do novo, mas o envelhecimento que é uma mudança natural nos assusta, incomoda, gera ansiedade, muda nosso comportamento com relação a nós mesmos e ao mundo. Assim, sucumbimos à força do “sósia”, ou seja, da sombra, daquilo que está diretamente ligado aos aspectos pessoais não resolvidos, não integrados.
49 a 56 anos – ouvir o mundo Podemos reconhecer essa fase como sendo do “pai e da mãe universal”. É a fase de desenvolvimento do espírito. É um setênio tranquilo e positivo. As forças energéticas voltam a estar concentradas na região central do corpo, mas estão voltadas ao sentimento da ética, da moral, do bem-estar, questões universais, humanísticas. É um momento em que estamos mais conscientes do mundo e de nós mesmos. É um bom momento para reconhecer os méritos da nossa história, aceitando-a sem julgamentos. Esse ciclo desperta em nós o existencialismo para observarmos mais de perto o valor simbólico das coisas. Deixamos o pessoal, particular em busca do universal, do humanístico, do existencial. Em termos físicos, esta fase espelha fisiologicamente o setênio 7 a 14 anos, o elemento do ritmo tem de ser priorizado, especialmente na condução de uma rotina. A vida nos ensina nesta época uma nova audição, temos a possibilidade de ouvir a voz do coração para esta renovação ético / moral que agora é propícia.
56 a 63 anos – (e adiante) abnegação/sabedoria. A Antroposofia acredita que o 56º ano de vida traz uma brusca mudança. Ela está na forma como a pessoas se relaciona consigo e com o mundo. Como os ciclos se correspondem, esse se liga ao primeiro setênio, aquele que vai do nascimento até os sete anos de vida. A audição, a visão, o paladar das pessoas dessa fase se igualam e o mundo fica estranho. Contudo, essa fase, por exemplo, evidencia uma volta para dentro de si. O interno passa a fazer muito mais sentido que o externo. É importante interiorizar, desenvolver os sentidos espirituais. A comunicação com o mundo externo passa a ter ruídos, principalmente pelas mudanças que a sociedade sofreu nesse período inteiro. A reclusão passa a ser algo natural, boa para a auto reflexão e a busca pela essência. A sabedoria pelo conhecimento acumulado e a intuição que passa a ser mais clara, tornam-se elementos fundamentais dessas pessoas. Elas são o contraponto do sentimento de fracasso e insucesso que, porventura, possa aparecer, vindo dos questionamentos daquilo que se alcançou ou deixou de alcançar.Certos cuidados se fazem muito importante, como a estimulação da memória, mudanças de hábitos, recursos criativos. Isso porque a aposentadoria pode ser algo limitador, especialmente para aqueles que durante toda a vida atribuíram muita importância ao status profissional e agora temem não ter outra forma de auto realização. Atividades muito bem-vindas nesse setênio são as acadêmicas – lecionando ou fazendo novos cursos – escrever textos ou um livro, o laser em grupos de pessoas na mesma fase da vida, viagens e outras formas que relacionem prazer e aprendizado. A aproximação da família ou a construção de novas famílias também ajudam a dar novo sentido à vida.
Hoje talvez essa divisão seja um pouco diferente e, com certeza, faz sentido pensar em mais um ou dois ciclos de sete anos, visto que estamos vivendo cada dia mais, outra divisão cíclica, os Nonênios, que representam três setênios. Nos nonênios, ocorrem as mudanças mais significativas do indivíduo. Estes são considerados mais eficazes para o conhecimento e entendimento das fases do ser humano.
0 a 9 anos: Período do crescimento Estruturação do corpo físico. Fase de adaptação da estrutura física – entendimento que este é o mecanismo para concretização do seu destino.
18 aos 27 anos: Período de luta O trabalho, a vida afetiva e os amigos levam o indivíduo a explorar o mundo externo e interno.
27 aos 36 anos: Busca pela estabilidade Aspectos físicos, psicológicos e espirituais possuem forte ligação com a escolha da profissão, vida afetiva e social. Neste nonênio, a pessoa planeja sua vida e trabalha bem mais que nas demais fases.
36 aos 45 anos: Período de rupturas Fase onde tudo é para ontem. As máscaras precisam dar lugar a busca pelo autoconhecimento.
45 aos 54 anos: Metamorfoses As rupturas do período anterior dão espaço para a reestruturação da jornada pessoal. A ternura é um sentimento que ganha muita força.
54 aos 63 anos: Aprendendo a sabedoria Neste nonênio, a pessoa aprende a celebrar cada momento, a comemorar as várias superações e a evolução pessoal.
63 aos 72 anos: Exercício de liberdade Viver sem as cobranças do cotidiano e das pessoas. Período para fazer algo novo e com liberdade.
72 a 81 anos: Experiência diária com o assombro Compreensão que as explicações reduzem a realidade. O sentimento de percepção é maior que tudo. O ser humano tem espanto e assombro pela vida.
81 a 90 anos: Experiência da inocência Nesta fase, o indivíduo está vacinado para a esperteza e maldades da vida. Entretanto, consegue manter acima de tudo isso e cultivar o amor.
Os setênios e os nonênios são nascimentos. Os primeiros trazem relação com o funcionamento do corpo humano e questões psicológicas. O segundo ciclo diz mais respeito ao posicionamento do “Eu” em relação a si próprio e suas experiências sociais. Ambos têm em comum as complexidades sobre o ser humano até a velhice, período comumente esquecido. A idade é um fator inevitável na vida. O tempo faz parte da existência. Ninguém sabe quanto tempo vai viver, no entanto, cria-se uma expectativa baseada na média da esperança de vida. Desta maneira, em muitos países desenvolvidos, esta crise da meia-idade acontece em torno dos 40 anos. Um período na qual o protagonista tem um passado marcado por expectativas e um futuro que observa com um realismo maior. Diante desta perspectiva, a pessoa se sente confusa por estar parada em determinado ponto de sua vida, seja no plano pessoal ou profissional. O que ela deseja é uma mudança, quer uma melhoria de sua situação. E por falar em "sete":
Sete sintomas da crise da meia-idade
1. Expectativas não cumpridas. A pessoa sente tristeza diante do peso dos objetivos perdidos na juventude, que ficaram na memória e que nunca se materializaram na realidade.
2. Vertigem com o passar do tempo. A pessoa se sente jovem, no entanto, está consciente que não tem mais 20 anos de idade. Vive perguntando como os anos passaram tão rápido.
3. Sentimentos contraditórios. Por exemplo, o protagonista deseja uma mudança pessoal, mas ao mesmo tempo se sente apegado ao conhecido e isso gera insegurança. Entretanto, a insatisfação é frequente em seu estado de espírito.
4. Mudanças físicas e psicológicas. A pessoa se vê diante do espelho com um novo olhar.
5. Perguntas sobre o passado. A pessoa ativa sua memória do passado e faz hipóteses do que aconteceria se tivesse tomado decisões diferentes. Por exemplo, ela se pergunta sobre o que teria acontecido em sua vida se tivesse continuado com certo amor da juventude. Algo que nos faz lembrar o filme "La La Land: Cantando Estações".
6. Desorientação. A pessoa pode experimentar uma luta constante entre a mente e o coração. Este debate interno surge na tomada de decisões presentes.
7. Medo da perda da juventude. Vivemos em uma sociedade na qual a juventude é o máximo da felicidade. A crise da meia-idade é definida também por este ímpeto de fechar absolutamente a porta da juventude no sentido estrito.
Se algum dia passar por uma situação deste tipo, assuma naturalmente essas ideias que passam por sua mente. Observe o lado positivo desse momento pessoal que o ajuda a ter um nível mais elevado de introspecção. Você está em um momento de busca pessoal e a crise o leva a um nível de auto conhecimento necessário para analisar sua situação atual e identificar onde gostaria de estar realmente. Pare e desenvolva um plano de ação para conseguir sua melhor versão.
https://conceitos.com/crise-meia-idade/
https://www.jrmcoaching.com.br/blog/a-teoria-dos-setenios-os-ciclos-da-vida
https://www.eusemfronteiras.com.br/setenios-e-nonenios-fases-da-vida/                                                                        

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