Hoje, dia de São Francisco, um ano após
ter recebido a Bênção Franciscana junto ao seu túmulo, tornou-se imperativo
recordar os momentos vividos nos Caminhos de São Francisco de Assis e fazer um
balanço do que foi conseguido para poder avançar no próprio caminho, o cenário
ideal não poderia ser outro que não fosse na "sua" Igreja tendo a sua
imagem a frente e como expectador somente, um gato, embora por pouco tempo e
inúmeras pombas, que ora levantavam voo em conjunto, num magnífico espetáculo
de acrobacia. Porém num contexto bem diferente face a situação que se vive com
a pandemia provocada pelo Corona vírus, cujos os números de casos fatais e de
casos novos aumentam de dia para dia pelo mundo todo, até nas Nações onde não
existia nenhum caso, hoje uma passou a ter um caso, as Ilhas Salomão.
A pouca paz interior conseguida na metade
final do caminho, foi-se perdendo até culminar com dias de intensa tensão
psicológica e espiritual, que estava pondo em risco a sanidade mental,
entretanto o tratamento passou justamente por voltar a fazer
"caminhos" trilhos nas florestas, nisso, a pandemia foi fator preponderante,
para poder estar sem correr riscos, sem desrespeitar a ordem estabelecida, a
alternativa foi encontrar locais onde não existissem pessoas ou existisse o
menor número possível, daí começar a prestar atenção as marcas da existência de
um trilho e passar a fazê-lo, cada dia aumentando o percurso em termos de
distância e também de dificuldades, nos primeiros tempos era como se ainda
estivesse nos "caminhos de São Francisco" entoando a mesma música,
até chegar a conclusão de que não havia autenticidade nessa conduta, visto que
São Francisco tratava todas as criaturas como irmãs, e isso não
acontecia, além do que perturbava o silêncio da Natureza e interferia com a sua
apreciação contemplação e a sintonia com o Criador. Depois passou a ser
"trabalhar o físico para fortalecer o Espírito", para depois
virar "desafios a ser superados", inclusive criando novos percursos
adaptando os aos existentes, num desses os riscos foram grandes. Entretanto,
surgiram entraves, o risco de incêndio nas florestas e matas pelas temperaturas
elevadas que favoreciam aos criminosos em atear fogo e destruir o que Deus
criou para benefício da Humanidade, com isso a proibição de fazer os percursos
pelos trilhos, obrigando a buscar alternativas que mantivesse o "trabalhar
o físico e fortalecer o Espírito.
Contudo, em termos de caminho o avançar
foi pouco nestes doze meses pós Caminhos de São Francisco, o rumo continua
incerto e não definido, entretanto, a Oração de São Francisco tantas vezes
entoada não só nos "Caminhos", mas que ganhara mais impulso neles,
uma meta definida, mas sem substrato, isso ficou constatado, quando passou a
ser refletida com mais profundidade e daí perceber que na realidade é muito
difícil de ser posta em prática, para levar algo até ao outro é preciso
que se tenha, nisso, há o tropeço logo na frase inicial: "Senhor fazei-me
um instrumento da Vossa Paz" como se pode ser um instrumento da Paz se não
tivermos Paz no nosso coração, Espírito e consciência? O mesmo acontece com
todas as frases dessa belíssima Oração.
Portanto o Tau Franciscano adquirido
nos Caminhos continua visível para recordar diariamente que é preciso trabalhar
mais para tornar o Espirito fortalecido e desenvolvido para alcançar a
"perfeita alegria" de São Francisco de Assis e assim por em prática a
sua belíssima Oração.
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