tag:blogger.com,1999:blog-5176092669940752400.post5324769348172928191..comments2023-09-26T11:49:22.536+01:00Comments on Céu: Ser médico ...uma missão ou uma ilusão?Céuhttp://www.blogger.com/profile/06254945368413326120noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5176092669940752400.post-12349762563518877582007-12-10T19:12:00.000+00:002007-12-10T19:12:00.000+00:00Pedro, obrigada pelo seu comentário.Concordo com v...Pedro, obrigada pelo seu comentário.<BR/>Concordo com você que o que foi abordado é algo relativo, atrevo-me a dizer que tudo na vida é relativo, nada é absoluto, depende da situação, do momento em que as pessoas estejam atravessando, do referencial que se aplica.<BR/>prova de ser relativo é que o assunto foi unidirecional, focando mais a postura do doente e não a do médico, o que seria motivo para novo texto, porque como você mesmo exemplificou, posturas diferentes, assumidas por médicos de diferentes especialidades, sobre o mesmo caso/doente, um médico com uma postura mais humana e outro com uma postura mais profissional. <BR/>Por muitas razões não vou me estender mais sobre esse tema que para mim é apaixonante, entusiasmante, fascinante por um lado e, ao mesmo tempo desgastante, uma desilusão, uma frustração, por outro lado, a medicina dos nossos dias.Céuhttps://www.blogger.com/profile/06254945368413326120noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5176092669940752400.post-73050617389415543412007-12-10T18:57:00.000+00:002007-12-10T18:57:00.000+00:00A pedido do Pedro transcrevo o seu comentário:O as...A pedido do Pedro transcrevo o seu comentário:<BR/>O assunto que aborda neste texto é algo relativo.<BR/><BR/>Conheço casos em que se reflecte parte do problema a que a Céu se refere.<BR/><BR/>Um exemplo: a minha mãe tem consultas semestrais, no Porto, em que, na minha presença, é assistida/consultada por duas médicas. Uma, que é chefe do departamento de endocrinologia, é uma pessoa directa, frontal (quase que arrisco a dizer, "fria") que já desmoralizou algumas vezes a minha mãe. A outra, é cirurgiã, tem a sensibilidade de "transformar" as afirmações frias da primeira médica em eufemismos, apaziguando a minha mãe com palavras mais calmas e suaves. <BR/><BR/>Um outro exemplo: a médica que identificou o problema da minha mãe e a reencaminhou para o Porto, prestou à minha mãe, há três anos, uma atenção de carinhos e compreensão ao transmitir-lhe a triste notícia de que minha mãe era doente crónica. Ora, há cerca de duas semanas, a minha mãe ligou para essa médica, a descrever-lhe o ponto da situação do seu estado de saúde, quando a mesma médica (provavelmente sem se lembrar de quem era a minha mãe ou a sua imagem; mas apenas do caso em questão), tratou-a, novamente com uma dignidade humana de carinho e compreensão que deixou a minha mãe surpreendida de satisfação. <BR/><BR/>Estes são apenas dois exemplos (para não me a alongar muito), que reflectem o lado humano e sensível dos médicos.<BR/><BR/>Acredito que a relação médico-paciente, varia de situação para situação; de circunstância em circunstância. Que cada caso é um caso. <BR/><BR/>Também sei que há situações em que o doente dispensa a consulta (isto é, encarar o médico), e solicita na secretaria de um hospital ou de um centro de saúde, a prescrição de receitas médicas ou revela-se na insolência de regatear o número de dias de um atestado médico para conseguir uma "baixa" e evitar ir trabalhar. <BR/><BR/>No entanto, também acredito que a educação e o nível cultural em que o paciente se demonstra pertencer (quando em comunicação frente a frente com o médico), favorece o grau de "intimidade" e proximidade a que pode evoluir essa relação. <BR/><BR/>Continuo a pensar que os profissionais de saúde (pelos menos alguns deles, e não querendo envaidecer a Céu), são "guerreiros" responsáveis ao incutir força de vontade (força em levantar o estado de espírito e o ânimo) em qualquer género de doentes. Ou seja, não se limitam à função de estarem atentos aos problemas dos pacientes nas consultas, a avalia-los e a prescreverem-lhes receitas médicas e/ou exames. Imprimem nos doentes laços de carinho, de preocupação e afectividade e tudo isso reflecte-se, não só nas acções e nas palavras, como também nas intenções, levantando a moral dos pacientes. São sensíveis ao ponto de "tocarem" na emotividade dos doentes e lhes aliviar a dor psicológica adjacente (que por vezes pesa mais) que está a acompanhar a dor física. <BR/><BR/>Portanto, penso que ser médico tanto é uma missão como uma ilusão. Tal como disse, depende dos casos. É relativo!<BR/><BR/> <BR/><BR/>Beijinhos!Céuhttps://www.blogger.com/profile/06254945368413326120noreply@blogger.com