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Amor & Emoção x Razão


sábado, 21 de fevereiro de 2009

Sentimento de culpa...uma torura mental!

O Sentimento de culpa é uma tortura mental que nós próprios nos imputamos, resulta da dicotomia existente entre o eu real, humano, por isso passível de erro e o eu ideal, imaginário, perfeito, infalível, justamente este é o juiz que condena aquele.
A cerca do tema Antônio Roberto Soares escreveu o seguinte texto (aqui fragmentado):
CULPA A BUSCA DA PERFEIÇÃO: "Por detrás de nossas tristezas e frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústias, está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por grandes sofrimentos psicológicos, que é o sentimento de culpa. O núcleo do sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...". Na culpa, dividimos-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim, e uma ideal, boa, certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o Eu ideal, imaginário, é o juiz e o Eu real, concreto, humano, é o réu. O Eu ideal sempre faz exigências impossíveis e perfeccionistas. Muitas pessoas dedicam a sua vida a tentar realizar a concepção do que elas devem ser, em vez de se realizarem a si mesmas. Quanto maior for a expectativa a nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a nossa vida, maior será o nosso sentimento de culpa. A culpa é a tristeza por não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalíveis; é uma incapacidade de lidar com o erro, com a imperfeição; é o contato direto com a realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os seus pensamentos megalomaníacos a respeito de si mesmo. Outra crença que nos leva à culpa, esta talvez mais sutil, mais encoberta e profunda, é acreditarmos que há uma relação necessária entre o erro e a culpa, é a vinculação automática entre erro e culpa.
A propósito do erro, há um texto interessantíssimo no livro "Buscando Ser o que Eu Sou", de Ilke Praha, que diz: "O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse à risca, como eu gostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria algo novo, minha vida seria um repetição infinda de sucessos já vividos. Quando cometo um erro vivo algo inesperado. Algumas vezes reajo ao cometer erros como se tivesse traído a mim mesmo. O medo de cometer erros parece fundamentar-se na recôndita presunção de que sou potencialmente perfeito e de que, se for muito cuidadoso, não perderei o céu. Contudo, o erro é uma demonstração de como eu sou, é um solavanco no caminho que tracei, um lembrete de que não estou lidando com os fatos. Quando der ouvidos aos meus erros, ao invés de me lamentar por dentro, terei crescido". Só existe uma saída para o sentimento de culpa. Somente uma palavra teria essa magia. A palavra é: Perdão. Se a culpa é a vergonha da queda, o auto-perdão é o elo entre a queda e o levantar de novo. O auto-perdão é a capacidade de dizer adeus ao passado, é apenas saber perder o que já está perdido. Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles, você teve a coragem de dar algo de si".
http://www.lunaeamigos.com.br/mensagens/culpa.htm

Dia após dia o sentimento de culpa vai se tornando dominante e atormentando sem dar trégua, por vezes, depois vai ficando imperceptível, mas fica latente, mal surge uma brechinha e ele logo volta com toda a força para assombrar a nossa existência. Outras vezes fica tão forte e dominador, como se tivesse vários dedos (os seus próprios e dos outros) apontados para si ,que a mente vai ficando enfraquecida, originando depressão que pode ser tão profunda e culminar com o extermínio da própria vida, ou neurose ou outro distúrbio mental.

É certo que o passado já passou, se cometemos algum erro, esse já ficou no passado, podemos e devemos tirar ensinamentos dele e tentarmos não cometer erros semelhantes no futuro, ou se passível de correção corrigi-lo no presente, porém há erros ou falhas que jamais poderemos corrigir, principalmente se foi contra terceiros, o auto-perdão, neste caso, não vai eliminar totalmente o sentimento de culpa, quando muito o atenuará de forma a que ele fica o mais tempo possível sem nos assombrar, ou que nos permita seguir na nossa caminhada pela vida, ainda que, por vezes, claudicando e até mesmo tenhamos que parar, mas que depois possamos recomeçar.

"Errar é humano, perdoar é divino" nós somos humanos, mas temos dentro de nós um espírito divino, que este seja nosso redentor e libertador e não o nosso carrasco e crucificador, diante de nossos erros, para que não nos torturemos mentalmente com o sentimento de culpa.

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