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Amor & Emoção x Razão


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Auto-ajuda uma forma de ajuda ou de obtenção de lucro?

Uma tema surgido após ler o post no blog dalailam e enquanto escrevia o comentário, isto gerou a necessidade de escrever, jamais como uma crítica e sim como um momento reflexivo, salientando os pontos concordantes e discordantes, que aliás foi deixado sob a forma de comentário ao post.
Os pontos concordantes são relativos aos livros de auto ajuda serem antes de tudo fonte de obtenção de lucros e não propriamente de real interesse pelo bem estar daqueles que muitas vezes buscam, obsessivamente, este tipo de literatura para aliviar um sofrimento profundo, embora não podemos generalizar ou nivelar tudo pela mesma medida, para não sermos injustos, porque nem todos os autores desse tipo de livro o fazem visando o lucro e sim, imbuídos do amor ao próximo, procuram dar o seu contributo para tentar aliviar o sofrimento de quem está precisando de ajuda, como também foi ressaltado nesse mesmo post. Também houve concordância de que há um crescimento quase que exponencial de livros de auto ajuda, bem como do número de antidepressivos vendidos, bem como em relação aos autores que vendem fórmulas mágicas de auto ajuda, mas que não as aplicam a si mesmos.

Existe um ditado popular: "se conselho fosse bom não se dava, vendia-se", pessoalmente alterei-o, se conselho fosse bom não se dava, seguia-se, visto que normalmente quem aconselha nem sempre segue. Portanto sempre que procuro ajudar alguém convido-o a refletirmos juntos ao invés de dar conselhos, para que o próprio interiorize e seja seu próprio conselheiro.

Isso faz recordar outro ditado atribuído aos padres "olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço". Passível de contestação, pessoalmente, acredito que as ações devam ser coerentes com as palavras, que força podem ter as palavras, por exemplo, de um médico que diz ao seu paciente para não fumar por causa dos malefícios para a saúde, quando este fuma, o que é inconcebível, mais ainda quando muitas vezes, até na presença do paciente.

Os pontos discordantes são relativos a considerar que a auto ajuda não ajuda, porque existem situações em que ela é fundamental, principalmente, quando a causa do problema reside numa falta de auto estima ou numa baixa da mesma que pode gerar quadros depressivos, não que os livros de auto ajuda tenham um fórmula mágica para que a pessoa resolva essa situação, não porque o que é verdade para uns não o é para outros, mas dão pistas para que através da reflexão em cima do que foi lido possa encontrar a sua fórmula mágica pessoal. Uns conseguem esta fórmula através de meditação, portanto dentro de si mesmos, outros precisam buscar fora através de livros ou meditação orientada ou por hipnose, porque não o conseguem sozinhos.
Contudo, o consumo de antidepressivos passou a ser abusivo, parece que é o sinal dos tempos em que vivemos, a culpa recai maioritariamente sobre aqueles que o prescrevem, porém muitas das vezes isso se dá pela forte pressão do doente que não quer outro tratamento que não o comprimidinho, aliás, hoje em dia as pessoas parecem que se alimentam de "comprimidinhos" ao invés dos nutrientes necessários à manutenção da saúde. Querem vitaminas em comprimidos, por exemplo, mas não as querem através da fruta (é mais pratico ingerir um comprimido, do que descascar e mastigar uma peça de fruta); meditar, refletir? não há tempo, há que ter fórmulas mágicas pronta a seguir "ter a papinha feita" sem muito trabalho, daí a busca nos livros de auto ajuda, mas esquecem de que os "comprimidinhos" e os livros, são acessórios, o fundamental depende de cada um, do trabalho e empenho pessoal, porque, segundo penso, sem esforço, só a chuva que cai do céu, mas mesmo assim precisa das nuvens, do mar e todo o fenômeno físico envolvido no chamado ciclo da água.

6 comentários:

Pedro disse...

Olá Céu! Bem disposta?

Li este seu artigo e concordo consigo. Hoje em dia, o intuito de vender livros de auto-ajuda é precisamente isso, vender o livro, não a auto-ajuda. Sou suspeito da minha opinião devido à minha auto-estima. Mas assumo que comprar um livro desses é como comprar o genérico de um comprimido para a depressão. Ou seja, se um comprimido surte efeito num paciente, não quer dizer que possa surtir similar efeito num outro paciente (pois cada caso é um caso). A eventual e possível solução de auto-ajuda penso que está no nosso cérebro, na nossa mente. Cabe a nós, seres humanos, criarmos/educarmos no nosso cérebro, pensamentos positivos, estruturas mentais (ainda que abstractas) mais ou menos complexas (como se se tratasse de um anti-virus) para combatermos essa nossa baixa auto-estima. Mais, não é de um momento para o outro. Longe disso. Pode demora meses e/ ou anos. Essas estruturas mentais desenvolvidas por nós devem ser sempre inovadas/ melhoradas/ actualizadas igualmente por nós, como forma de nos “vacinarmos” a nós mesmos. Por outro lado, não excluo o acompanhamento paralelo com medicamentos, ou consultas médicas. Não. Defendo também essa abordagem. Mas cabe muito ao “paciente” angariar por si só, coragem e força de vontade (sabe-se lá de que parte da nossa personalidade) para levantar a moral. Além disso, devo acrescentar que uma dieta saudável é importante para manter o cérebro e o estado de ânimo de bom astral, visto que, por referência ao que a Céu aludiu, e bem, a fruta como fonte de vitamina, é importantíssimo… novamente, «mente sã em corpo são»!
Para terminar, se os livros de auto-ajuda querem prestar ajuda nesse sentido (tal como um conselho, bom ou menos bom, que se deve adequar à situação de cada indivíduo), porque é que os livros não são gratuitos?

Beijos.

Pedro

Céu disse...

Obrigada Pedro pelo seu comentário que mostrou um aspecto diferente, "educar o cérebro" mas eu lhe pergunto como se educa o cérebro?
Um abraço

Lola disse...

Queridos!
Quantas boas palavras.Não havia percebido que se tratava em educar o cérebro, ou a mente, termo mais utilizado para fins de benefícios próprios. Essa educação é algo que ando investindo...nutri-la de bons pensamentos, estar sempre atento aos seus atos e sua postura frente ao próximo, frente ao mundo...mas, sabem? que contraditório, ou não, não me ative para isso até ler meu primeiro livro de auto-ajuda...logo eu tão sética, passava longe da pratileira desse gênero..hoje me vejo lendo O Poder do agora...tudo bem que O Segredo já foi demais, mas vi o filme sim. Acredito que não haja uma regra...uns vão ao médico, outros à religião, outros a uma filosofia (eu me incluo nesse ramo...procurei a yoga), outros não têm força para nada e acabam com suas próprias vidas (bizarro, já pensaram que tipo de desespero é esse?).E agora o mais atual de todos...me vejo entrando nesse blog como forma de melhorar meu astral e me nutrir com informações que me auxiliem na minha educação mental, ou seja, na busca.
De uma forma ou de outras, gosataria de salientar, que o importante é estarmos com nosso filtro ativo, para que não saiamos seguindo tudo e todos e nesse caso, já fragilizados, nos deparemos com possíveis fraldes.
Deixo aqui também uma frase muito usada pelo entre os amigos do yoga: " Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho"
Vejo vcs por aqui.
Grande abraço
Lola

Céu disse...

Obrigada pelo seu comentário Lola! A sua frase final "Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho" sintetiza o tema.Em relação aos livros de auto ajuda, li alguns, porque buscava me encontrar ou melhor me conhecer, inclusive um dos livros que li tinha esse mesmo título"encontrar-se consigo mesmo". Mas depois de algum tempo comecei a perceber que esses livros, salvo honrosas exceções, tinham um único objectivo a promoção pessoal e não propriamente a intenção de ajudar. Isso levou a que mudasse meu rumo,assim como você, penso eu (se faz yoga,o seu recanto e a foto no seu blog confirma isso, aprofunda-se em si mesma) acredito que as respostas estão dentro de nós mesmos e não no exterior.
Um abraço

Pedro disse...

Olá Céu!

Quando eu abordei a expressão “educar o cérebro” esqueci-me, por negligência minha, de colocar a expressão entre aspas, tal como fiz agora. Ao escreve-la desta forma, pretendia reforçar e induzir a mensagem de que a solução para a auto-ajuda, pode residir no cérebro/ na mente de cada um de nós. Pelo que estou informado, ninguém controla os nossos próprios pensamentos ou estados de espírito, pois estes surgem no nosso cérebro livremente. Contudo, penso que, se cada um de nós der uma ajudazinha forçada a favor de termos pensamentos / atitudes positivos, esses pensamentos e atitudes positivos são “forçados”, “convidados” a aparecerem (com muito ou pouco impactos de convicção). Como uma vez a Céu disse, «Pensamentos positivos, atrai pensamentos positivos. Pensamentos negativos, atrai pensamentos negativos». Ora ao ”educarmos o nosso cérebro” para apenas “captar” pensamentos positivos, estamos a “ginasticar” o cérebro de forma a que quando se tem um estado de ânimo mais em baixo, o cérebro, exercitado, esteja moldado de alguma flexibilidade (talvez algo suficiente) para contornar o pessimismo que domine a eventual baixa estima.
Foi neste sentido que referi a expressão “educar o cérebro”, visto que muitas vezes temos que ser nós a procurar “atrair”, intencionalmente, (como que se se tratasse de efeito de híman ou campos magnéticos) os pensamentos positivos, a força de vontade, a coragem, a auto-estima positiva e em forma, de forma a equilibrar o nosso quoeficiente emocional, e a gerir melhor a nossa auto-ajuda. Não sei se respondi à questão, pois sinto que fugi um pouco... não sei.

Beijinhos

Pedro

Céu disse...

Obrigada Pedro por clarificar mais seu comentário, embora estivesse perceptível, quando eu questionei sobre como educar o cérebro, estava justamente pedindo para que me desse a perspectiva pessoal de como seria.
Um abraço