
Quando existe um profundo sentimento por alguém, basta esse alguém pronunciar uma palavra que literalmente é inofensiva ou inocente, mas se ambos estiverem no mesmo clima, essa mesma palavra assume outro significado, através da cumplicidade na interpretação da mesma, uma conotação erótico sensual capaz de inflamar o desejo que está quiescente, despertar o fogo intenso da paixão pelo outro, conduzindo ao máximo do prazer, outrora sentido, que estava hibernando, embora reprimido, mas na realidade a espera de ser despertado e culminar no estado sublime de êxtase.
Que deliciosa e fascinante sintonia! através de uma simples palavra, um furacão de emoções é despertado , fazendo trepidar toda a nossa estrutura, numa doce agonia que termina com a expulsão da larva criada pela erupção do vulcão inativo.
Que sensação maravilhosa, envolta de magia inexplicável é essa eclosão de emoções a partir de uma simples palavra dita por alguém especial, que no mínimo é o máximo! não existem vocábulos ou expressão que possam defini-lo, muito menos agradecer por momentos tão deliciosos que proporcionou.
2 comentários:
Olá Céu!
Desta vez, começo por uma “viagem ao passado” dentro deste blog. A uma página que averigua que a 27 de Abril de 2008, foi defendida que as palavras escritas num email ou numa conversa virtual, eram dotadas (por quem as escrevia e quem as lia) de sentimentos, apurando-se que os sentimentos seriam reais, e não virtuais (nesta última residia a dúvida).
Agora, a temática assume outra perspectiva. A perspectiva de que uma qualquer palavra (certa; bem aplicada), para além da semântica (isto é, o significado lexical a que se reporta), abarca uma emoção sensorial codificada/ descodificada entre dois indivíduos em sintonia. Uma emoção que estava “arquivada”, em “stand by”, e que através da força semântica de uma palavra (certa; bem aplicada), num diálogo, num momento-chave, foi evocada, reactivada, para servir o eclodir de sentimentos entre esses dois indivíduos.
Neste sentido, e utilizando a imaginação, ultimamente, algo voga, as palavras quase que diria que funcionam como bolsas ou sacos para albergar sentimentos dentro de um discurso. Ou seja, uma forma rápida e prática de, dentro de um discurso, embalar/”ensacar” numa simples palavra, uma série de emoções interpretadas como agradáveis, aprazíveis ao ser humano.
Beijinhos.
Pedro
Obrigada pelo seu comentário Pedro!
Quando comecei a ler o seu comentário, logo o receio de ter sido repetitiva surgiu, o que se revelou ser infundado, porque você fez a distinção de ambos.
Você clarificou o que talvez pudesse estar confuso no texto, porque quando se trata de falar de emoções, se não estávamos no calor de quando aconteceram, acabamos por ficar ao reviver o momento e quando isso acontece por vezes as palavras saiem desordenadas o que pode gerar falta de nexo ou ficar confuso para quem for ler. O seu parágrafo final dá um relevo especial ao texto, porque traduz o que estava implícito, oculto nas entrelinhas, que você captou e que eu não havia percebido na altura, uma nova perspectiva do uso da palavra "a palavra como "chave" que abre o "baú" das emoções guardadas". Gostei desta imagem que acabou de surgir induzida pelo seu comentário :)
Um abraço!
Postar um comentário