
Essa cena fez recordar o livro "Saga de um Pensador" de Augusto Cury, onde descreve o encontro do personagem central, Marco Polo, um estudante do 1º ano de medicina com um mendigo, um filósofo, que fora um homem bem conceituado na sociedade, que lhe mostra o outro lado que não vemos quando olhamos para um mendigo/pedinte/ um sem abrigo. Além de em outra parte, descrever a chocante revelação do cadáver de um indigente que estava sendo dissecado no teatro anatômico, ser um professor afamado daquela faculdade, cujo retrato estava justamente colocado na parede desse teatro anatômico. Mostrando o respeito que se deve ter para com os outros independentemente de ser uma pessoa encontrada na rua ou ser alguém conceituado e de grande prestígio social.
Essa cena também fez recordar e mostrar que a condição social não traduz felicidade, alegria ou sabedoria, às vezes encontramos um sorriso no rosto daquele que aparentemente é um miserável e que não teria motivos para sorrir e outras vezes encontramos pessoas que são ricas, têm tudo que o dinheiro possa comprar, mas nem se quer um esboço de sorriso conseguimos ver em seu rosto. Assim como encontramos sabedoria nas pessoas que não são letradas e não encontramos essa mesma sabedoria nos catedráticos, nos "supra sumos" do conhecimento.
Isto deveria levar a que refletíssemos mais sobre a nossa maneira de estarmos na vida, de não super valorizarmos as aparências e não super dimensionarmos os problemas ou o ter e valorizarmos gestos simples como um sorriso, um carinho, um abraço, uma palavra, que pode fazer toda a diferença para alguém em determinado momento, em especial quando atravessa um período difícil e até mesmo esteja à beira de um abismo, desnorteado, desesperado ou desesperançado. E quando dermos uma esmola a alguém que o nosso gesto seja de amor e respeito para aquele que tem menos haveres do que nós e não um gesto autômato ou de superioridade em relação ao outro, que muitas vezes é pobre no ter, mas é rico no ser.
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