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Amor & Emoção x Razão


sábado, 2 de maio de 2009

Coeficiente emocional ...condicionante do sucesso

Num comentário sobre inteligência emocional, o Pedro lembra sobre o coeficiente emocional (Q.E.), conceito que pode-se dizer recente, até então só se falava do coeficiente de inteligência (Q.I.), aliás esta abreviatura também passou a ser utilizada popularmente como "quem indica" em relação a muitos empregos que são dados não a quem tem um Q.I, não em relação ao coeficiente de inteligência e sim aquele que tem um "padrinho", neste contexto, em outros lugares essa abreviatura foi substituída pela expressão "fator C" ("cunha").
Na tentativa de aprofundar o tema, e continuando o tema, algumas transcrições encontradas:
1- Significado de inteligência emocional

Em relação ao coeficiente emocional, segundo, Dr. Goleman "Estudos comprovaram que o QI só define de 10% a 20% do sucesso na carreira quando analisado isoladamente", ele enfatiza que o coeficiente emocional é fundamental.
ele enfatiza que "também é importante lembrar que manter as aparências e ficar se "roendo por dentro" não é controle emocional, pelo contrário, isso pode acarretar no aumento de stress e em problemas de saúde".
O Dr. Goleman diz textualmente que “a consciencialidade e a lucidez são provavelmente as capacidades mais importantes do indivíduo, uma vez que permitem o exercício do autocontrolo”

Inteligência emocional é aquela em que o indivíduo sabe trabalhar as suas emoções, sabe reconhecê-las, controlá-las, e utilizá-las com melhor proveito na vida. E qual o melhor período de existência para trabalharmos a educação dos sentimentos? É a infância, fase vital da aprendizagem."



Segundo outros autores: "A Inteligência Emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (Mayer & Salovey, 1997, p. 15)
O processamento de informações emocionais é explicado através de um sistema de quatro níveis, que se organizam de acordo com a complexidade dos processos psicológicos que apresentam: a) percepção, avaliação e expressão da emoção; b) a emoção como facilitadora do pensamento; c) compreensão e análise de emoções; emprego do conhecimento emocional; e d) controle reflexivo de emoções para promover o crescimento emocional e intelectual, descritos a seguir.
A percepção, avaliação e expressão da emoção abrangem desde a capacidade de identificar emoções em si mesmo, em outras pessoas e em objetos ou condições físicas, até a capacidade de expressar essas emoções e as necessidades a elas relacionadas, e ainda, a capacidade de avaliar a autenticidade de uma expressão emocional, detectando sua veracidade, falsidade ou tentativa de manipulação. A emoção como facilitadora do ato de pensar diz respeito à utilização da emoção como um sistema de alerta que dirige a atenção e o pensamento para as informações (internas ou externas) mais importantes. A capacidade de gerar sentimentos em si mesmo pode ajudar uma pessoa a decidir, funcionando como um "ensaio", no qual as emoções podem ser geradas, sentidas, manipuladas e examinadas antes da tomada de decisão. A compreensão e análise de emoções (conhecimento emocional) incluem desde a capacidade de rotular emoções, englobando a capacidade de identificar diferenças e nuances entre elas (como gostar e amar), até a compreensão da possibilidade de sentimentos complexos, como amar e odiar uma mesma pessoa, bem como as transições de um sentimento para outro, como a de raiva para a vergonha, por exemplo. Finalmente, o controle reflexivo das emoções para promover o crescimento emocional e intelectual refere-se à capacidade de tolerar reações emocionais, agradáveis ou desagradáveis, compreendê-las sem exagero ou diminuição de sua importância, controlá-las ou descarregá-las no momento apropriado
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http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79722003000200008&script=sci_arttext&tlng=in


2- Mensuração da inteligência emocional

Um dos problemas mais evidentes relacionado à inteligência emocional é o de sua mensuração. Desde a proposição da inteligência social (Thorndike, 1920) que não se consegue desenvolver um instrumento confiável para medi-la. E sem esse recurso não é possível conhecer objetivamente suas características funcionais (e estruturais, mas esse é um outro problema) na mente humana.No entanto, a maioria das escalas construídas para avaliação da inteligência emocional tem se baseado em auto-relato, como por exemplo o O BarOn Emotional Quotient Inventory (BarOn Eq-i) (Bar-On, 1996, 1997) e a Medida de Inteligência Emocional (Siqueira, Barbosa & Alves, 1999), para citar apenas uma estrangeira e uma nacional, respectivamente. Ambos os instrumentos apresentam rigorosos estudos de construção, assim como boas propriedades psicométricas, mas são compostos de subescalas tradicionalmente associadas à traços de personalidade, habilidades sociais e outros construtos que não a inteligência.
O primeiro instrumento baseado em desempenho para avaliação da inteligência emocional lançado comercialmente foi a Multifactor Emotional Intelligence Scale (MEIS, Mayer, Salovey & Caruso, 1997). Esse instrumento é composto por 12 tarefas destinadas a investigar quatro ramificações da inteligência emocional (Mayer & Salovey, 1997): identificação das emoções, utilização das emoções, compreensão das emoções e gerenciamento das emoções. A primeira ramificação desse instrumento, relacionada à percepção de emoções, é constituída de tarefas em que os participantes têm de avaliar a presença de determinadas emoções em quatro tipos de estímulos: faces, músicas, quadros e histórias. A subescala histórias representa o estímulo verbal e as outras três os estímulos não-verbais. Essa ramificação da MEIS

A Escala Multifatorial de Inteligência emocional (The Multifactor Emotional Inteligence Scale – MEIS) segundo Roberts, Mendonza e Nascimento (2002) é composta de:1) Identificação/ percepção das emoções. A escala avaliou a capacidade do indivíduo em perceber e diferenciar as emoções em uma variedade de estímulos. É composto de quatro subescalas: faces, música , design ( gráficos gerados por computador) e histórias ( narrativas). Cada subescalas contém entre 42 a 48 estímulos que representam uma diversidade de emoções: raiva, tristeza, felicidade, medo, repugnância e surpresa. Os participantes foram solicitados a determinar os sentimentos que representam os estímulos baseados em uma escala de cinco pontos: (1) definitivamente não presente a (5) definitivamente presente.2)Assimilação das emoções. Tem como objetivo avaliar a capacidade do indivíduo em comparar as emoções e identificar aquelas que são contrárias ou influenciam outras sensações e pensamentos, assim como manter emoções que facilitem determinada ação ou pensamento. A escala foi formada de duas subescalas: sinestesia (seis cenas, 60 estímulos), em que os participantes foram solicitados a imaginar um determinado evento com sua correspondência emoção e, logo em seguida, a descrever as emoções sentidas em uma escala de diferencial semântico de cinco pontos: frio-morno, amarelo-roxo, perspicaz-torpe, rápido-lento, escuro-claro, baixo-alto, laranja-azul, agradável-desagradável, bom-ruim, azedo-doce; sentimentos enviesados (quatro cenas, 28 itens), em que os participantes foram convidados a imaginar os sentimentos de uma personagem descrita no cenário (ex. medo e angústia) e depois a julgarem a pessoa fictícia em sete traços (triste, confiável, tensa, cínica, agressiva, controlada, precipitada) utilizando uma escala de cinco pontos: (1) definitivamente não descreve e (5) definitivamente descreve."



3- Estratégias de coping

Quando um indivíduo é confrontado com acontecimentos de vida por ele avaliados como perturbadores, o seu organismo reage de forma a tentar gerir esses acontecimentos e ajustar-se a eles (Bishop, 1994). O coping é o conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais desenvolvidas pelo sujeito para lidar com essas exigências internas e externas da relação pessoa-ambiente que são avaliadas como excessivas, e as reacções emocionais causadas por essas exigências (Lázaras & Folkman, 1984).

O coping é uma estratégia de adaptação. Tem como objectivo gerir um problema e modular a resposta emocional a esse problema. Conjunto dos esforços cognitivos e comportamentais do indivíduo que constituem um processo para lidar ou gerir solicitações específicas excessivas, independentemente da sua eficácia. Conjunto de estratégias para responder a um acontecimento stressante.



A mensuração do coeficiente emocional é muito difícil, porque os mecanismos de adaptação às situações são variados, sofre várias influências desde genética, meio ambiente, o próprio QI. Cada ser humano aplica as estratégias de coping de forma pessoal para responder a um acontecimento stressante e pode reagir a esses acontecimentos de forma igualmente variável e até imprevisível dependendo do seu momento interior na altura. Por exemplo a reação a uma mentira, se a pessoa estiver num momento interior de felicidade pode reagir de forma branda, porém se estiver num momento de stress, pode reagir de forma severa.


Cabe a cada um buscar o caminho para auto controlar as suas emoções e "tirar partido" das situações negativas e até conseguir transformá-las em positivas ou transformar um acontecimento a priori desfavorável num acontecimento favorável. Se conseguíssemos aplicar a frase popular "rir é o melhor remédio", rirmos até de nós próprios, não levar tudo muito a sério, inclusive não nos levarmos tão a sério, veríamos o quanto o sorriso, o riso é poderoso e dá saúde, pois alivia ou diminui o nível de stress trazendo-o para o nível necessário que nos permita conseguirmos ultrapassar os obstáculos, sem que o organismo pague a fatura (elevação da tensão arterial, elevação do açúcar no sangue, aumento da frequência cardíaca, alteração na qualidade do sono, falência de estruturas por exaustão, alteração do peso, cansaço ou fadiga, alteração no desempenho sexual, alteração da performance, alteração relacional, entre outras).

4 comentários:

Unknown disse...

PASSATEMPO/CONCURSO

Ceu azulinho

Está a decorrer n’A Minha Travessa do Ferreira, um novo passatempo/concurso sobre o tema Frases feitas. Vai até sexta-feira, 8.

Há prémios diversos para os três vencedores, incluindo os «prémios/mistério» que têm sido muito bem acolhidos por que os tem ganho.

Se quiseres dar lá um saltinho e tentar a sorte – muito obrigado. E passa a informação aos teus amigos e correspondentes, por favor. Lá te espero e a eles também…

Qjs

Pedro disse...

Olá Céu!

Quando li este seu artigo, identifiquei, nestas suas palavras, de forma clara e sucinta, a minha opinião num dos meus comentários anteriores. Refiro-me a «Estratégias de Coping» que a Céu dignou-se a explicar e que eu identifico como sendo algumas das formas que eu utilizo para “educar o cérebro”. Ou seja, é uma das formas que eu procuro educar no cérebro para que ele atraia, propositadamente, emoções positivas. E que na verdade, era o que eu queria explicar no meu segundo comentário ao seu artigo «Auto ajuda, ou obtenção de lucro?»
As emoções são relativas de indivíduo para indivíduo (obviamente), fazem parte intrínseca da nossa personalidade e manifestam-se fisicamente no nosso corpo, ou não. O exemplo de tremer (nervosismo), de ruborizar, de atrapalhação, de bloqueio, de euforia, de gargalhada, o suspirar fundo, o roer as unhas, o tamborilar dos dedos / unhas numa superfície, são manifestações (umas óbvias, outras mais subtis) de manifestar o pormenor momentâneo, não visível, das nossas emoções em função da nossa personalidade. Ou seja, é a manifestação “motora” do que o ser humano está sentir dentro de si. É uma forma de transmitirmos para o mundo exterior a nós, partes das nossas emoções, e é dessa forma ou intensidade como o fazemos, talvez seja uma forma mensurável das mesmas.
Para concluir este meu comentário, quero expressar a minha admiração na forma como a Céu abordou estes temas. Ou seja, a forma como foram escritos: desde léxico utilizado à forma de expressão. Sinceramente, gostei! Muito PARABÉNS!

Beijinhos.

Pedro

Céu disse...

Obrigada Henrique Antunes! Mas pelos vistos não reparou que já deixei várias porpostas de resposta ao seu passatempo, achei uma idéia interessante, se continuar com outros passatempos estarei participando, mesmo se não houver prêmios.

Céu disse...

Obrigada Pedro pelo seu comentário, seus acréscimos foram enriquecedores do tema, em especial, quando descreve as vária expressões que as pessoas externam as suas emoções, como os dedos sobre a mesa, significando impaciência ou nervosismo, embora nem sempre assim seja, às vezes eu faço isso quando estou tentando encontrar uma solução, portanto é tudo relativo e subjetivo como é previsível em se tratando de emoções.
Obrigada pelos parabéns, embora não os mereça, porque a maior parte foi compilada de outros autores, como ficou ressaltado pela cor azul empregue.
Um abraço